19 de setembro de 2011

não me abandones


   Ela ria. Eu ria. Ríamos feito duas pequenas crianças. E ali, no meio de tantas risadas e alegrias nossos olhares se atraíram como num campo magnético. Podia passar o resto de meus dias mergulhado na intensidade daquele par de olhos castanhos, como se tudo que a rodeasse tivesse um “quê” a mais. Ela tinha um “quê” a mais. Apertei com força o pequeno e frágil corpo que tinha nas mãos, apertei com medo de que caísse e se partisse em mil pedaços, apertei com medo de que a escuridão pudesse tentar provocar-lhe algum mal, apertei porque tinha medo de que se fosse a qualquer mero piscar de olhos. Não se vá minha pequena. Me deixe ser o teu protetor, teu guardião, amigo, amante… Me deixe ser teu amor.

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