Aquela era uma manhã preguiçosa diferente das tantas outras, os raios de
sol entravam pela janela sem cortinas do meu quarto e iluminavam o chão
de madeira velha, as partículas de poeira dançavam ao ritmo da música
lenta que era a leve brisa, lá fora os carros passavam, as crianças
choravam… Tudo parecia fazer parte de uma linda melodia erudita. O
sorriso bobo estampado em meu rosto denunciava a tamanha felicidade que
sentia, os cobertores me acolhiam como uma mãe protetora e calorosa
cuidando de sua cria. Ah, porque todos os dias não poderiam ser como
essa manhã preguiçosa de domingo? Porque não sou digna de ter todos os
dias seu corpo repousando ao meu lado sonolento, manhoso, dengoso…
Precisando dos meus cuidados, dos meus afetos, dos meus beijos, do meu
amor?
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