15 de abril de 2011

um dia de novembro


 [...] Entrou no metrô, olhando os poucos rostos que mantinham a mesma expressão cansada depois de mais um dia de rotina. Odiava aquele lugar, ou melhor, odiava o que ele havia se tornado. O vagão começou a andar em seu ritmo de sempre, o silêncio era esmagador. Pegou um jornal que estava em sua bolsa e pôs-se a ler. Mal terminara a primeira a página e jogou o jornal de lado, não aguentava mais as páginas sangrentas que lia. A paz havia ganhado por fim, mas não era um retrato pacífico que se via pelas ruas, pelas casas e principalmente pelos rostos alheios. O vagão parou lentamente, ela se levanta e sai, seus olhos doem ao ir de encontro à rua e um Sol tímido para recebê-la depois de tanto tempo na escuridão. Não foi preciso caminhar muito, algumas ruas e curvas e lá estava, pela primeira vez no dia, encontrou um motivo que a fizesse sorrir, estava em casa.

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